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Leitura / pesquisa : nutrientes necessários à sobrevivência intelectual.

domingo, 11 de julho de 2010

Olá!!
Sou graduada em Letras e Especialista e Leitura e Produção Escrita pela UFT. Atualmente ministro aulas, para alunos do 6º ao 9º Ano (Língua Portuguesa e Inglês), no Colégio Estaudual Rui Barbosa em Araguaína.

4 comentários:

  1. Ola, Mariellena. Prazer. Sou o professor Alex, também da área de Letras. Trabalhei no Rui Barbosa por um bimestre e meio até a exoneração geral do Estado e ser efetivado para o mesmo cargo. Agora, escolhi trabalhar perto da minha casa, com um salário melhor é claro. Agradeço muito a o Senhor e a perseverança de todos nos por isso.
    Concordo com você, tivemos uma última reunião sobre o aproveitamento dos recursos do colégio nesse fim de bimestre (biblioteca e informática). Eu mesmo montei um pequeno acervo de auxílio para Física, Química (videos de experiências a serem aproveitadas) e Artes (livro eletrônico, planejamento, site de consulta e livros a serem adquiridos).

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  2. Oi, sou eu de novo, Mariellena. Me toquei agora que preciso desabafar, e se não fosse abuso, vou comentar algo que ocorreu comigo e em uma das escolas na qual trabalho. É um assunto tabu que sempre se está tratando e todos os alunos que estudam reclamam muito: a aprovação automática para elevar o índice escolar.
    Vou te confessar, é inadmissível por qualquer pessoa com um pouco de amor próprio ser humilhada na sala de aula por estudantes cuja a sua única preocupação é auxiliar na sua preparação para a vida. E no fim, depois de todo o tempo extra, ver que seu trabalho nada rendeu. Sempre haverá o estudante que zomba do professor e ganha aprovação geral para poder "lotar" o índice da unidade escolar. O que mais me frustou nesse semestre foi o fingimento de formar-se um conselho, e então retirar o direito a voto de quatro professores (Sociologia, Religião, Inglês e História), aprovando aluno(s) que abandou(ram) as disciplinas.
    Mesmo assim, admitido que é uma experiência enriquecedora ser professor. Você conhece todo tipo de pessoas, seus problemas, também enfrenta muitas dificuldades que o farão rir de seus problemas futuros, quando você olhar para trás e notar quão pequenos eles são ao serem comparados com os que enfrenta hoje.
    Desejo que meus filhos frequentem tanto a escola pública quanto a particular, para que enfim tanto eu quanto eles possamos escolher a melhor. Digo isso pois foi o que cinco pais fizeram a alguns anos, ao notar que as filhas estavam achando que era obrigação da escola particular aprova-las. Esse é outro pronto a se reconhecer. Só porque a escola é pública não quer dizer que o ensino é ruim, e sim que ele é mal aproveitado.

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  3. Vou concluir o que estava tratando antes, desculpa ai, é muita coisa, mas vou terminara gora. Continuando:
    É preciso a participação de aluno (perseverança), pais (atenção), professores (didática de ensino) e Estado (recursos). Se qualquer um deses se exclui a situação fica difícil.
    Se o aluno se exclui: a situação fica impossível mesmo, pois quando uma pessoa decide não ouvir só resta lamentar. Não é incomum encontrar alunos analfabetos no 3º ano por causa disso.
    Se os pais ou responsáveis se excluem ou fingem não existir o problema (muito comum): já vi mãe que disse que desiste de um filho de onze anos; a pior atitude que uma pessoa que se "diz" ser humano pode tomar e que acaba com quase qualquer esperança, mesmo que não seja impossível recuperar o aluno.
    Se o professor se exclui: quando o professor se omite e decide apenas "aprovar" o aluno, tipo "passando a bola", ele está tomando a mesma atitude dos pais. Afirmo aqui, fui reprovado quando era menino e isso me serviu para tomar vergonha quando compreendi o do porquê estava na escola e para quê.
    Se o Estado se omite, e cito todo ele, não apenas um órgão; falo de todo o funcionalismo público na educação; tudo que podemos esperar são escolas ineficientes.
    É muito bom quando o aluno questiona o professor diariamente, demonstrando quando interação e decisão. É reconfortante.
    O que joga o professor para baixo é enxergar que existem aqueles que usam as novas ferramentas da escola de forma a jogar o ensino para baixo, e que estudantes que reclamam disso não são ouvidos.
    Veja, você receber uma avaliação negativa, que você sabe veio de alunos que desejam ter apenas um papel (falsamente validado) que estão aptos a tentar o ensino superior, e fica contando que os demais que os conhecem exponham o que ocorre na sala de aula. Mas... estes alunos não negativam as reclamações sem sentidos desses alunos que desejam passar pressionando a diretoria.
    Tive de engolir o registro de reclamações sem "pê-nem-cabeça" na ata, indignas de constarem ao lado de observações de alunos questionadores e participantes. Entre essas "coisas" que manchavam o bom empenho dos alunos esforçados estavam: que eu havia faltado aulas (quando me ausentei em apenas uma reunião em vista da convocação por exames de saúde para a posse do Estado), não havia avaliado os cadernos durante o bimestre (sendo que eles eram vistos toda a semana, valendo nota), que passava aula inteira sem oferecer explicação do conteúdo (quando tudo havia sido passado no quadro e cada aluno recebera em mãos material re revisão), que não havia dado revisão (quando o próprio diretor da unidade esteve presente e visitou as duas aulas de revisão dadas para as turmas).
    Mas, o mais vergonhoso foi o registrado de que estava agindo errado ao como errado na reclamação de que "o professor não aceita coisas escritas erradas".
    Hum... desde quando existe alguma disciplina em que isso se aplica. O professor de Inglês e Português deixar de corrigir a escrita dos alunos? E isso me foi cobrado, registrado e validado como verdadeiro. Pode? E ainda o mais incrível (sim, tem mais), quando alunos surgiram para defender-me, não tive menção que foram registrados, pelo menos não contaram a meu favor.
    Os alunos reclamantes eram reprovados em múltiplas disciplinas e foram aprovados direto, assim como foram noutro bimestre. Coisa que os próprios alunos acham inadmissível, mas que a cada bimestre é defendida.
    Agradeço muito a professora que deu aquele toque na minha turma, muitos anos atrás, coisa que praticamente mudou a minha vida por completo. Hoje seria uma outra pessoa. Muito obrigada.
    Esse agradecimento também se estende a você, Mariellena, que também se esforça nessa profissão.

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  4. Errei feio acima, faltou um "s" em "desses".

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