Gêneros digitais e escola
Vivemos em uma sociedade em que os avanços da tecnologia computacional revolucionam a comunicação humana. Devemos então levar em consideração a afirmação de Moraes apontando que “caso se possa promover convenientemente a ‘inclusão digital’, ou seja, a possibilidade de que todos tenham acesso à internet, estaremos diante de uma grande conquista social”.
Para este autor, rapidez, praticidade, economia e expressão – muitas vezes informal – caracterizam o diálogo por meio da rede mundial de computadores, a internet. Através dela, segundo o mesmo autor, diariamente os cabos telefônicos despejam em nosso endereço eletrônico, além de mensagens desejadas, um mundo de propagandas, ofertas de serviços.
Ainda, segundo o pensamento de Moraes “Atualmente, muitas empresas, quando oferecem empregos, só aceitam currículos por meio do computador. O e-mail está no cerne da existência contemporânea, fazendo parte do dia-a-dia da indústria, do comércio, da vida universitária (que lança mão dele para o debate e a divulgação científica) e do aparelho governamental”
Estando convenientemente equipada, a escola poderia realizar um grandioso trabalho com seus alunos e possibilitar-lhes uma significativa inclusão no universo digital através da leitura, da compreensão e da escrita de gêneros digitais. De acordo com o que é apresentado pelo RC/TO “vivemos em plena era da informação, e o desenvolvimento de novas tecnologias permitem o contato, entre pessoas, mesmo que estejam fisicamente distantes, um exemplo são os e-mails, blogs, páginas de orkut, fóruns, chats, videoconferências...”
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Leitura / pesquisa : nutrientes necessários à sobrevivência intelectual.
domingo, 11 de julho de 2010
Tecnologia X Educação
"A maior tecnologia da educação"
Me pediram para fazer um poema sobre tecnologia e didática
Mas há tantas provas, tantos estudos, tantos exercícios
Que não consegui realizar a proeza de forma assim tão prática.
Me pediram para fazer um poema sobre didática e tecnologia
Mas há tantos problemas, tantos pensamentos, tantas técnicas
Que mesmo tentando buscar em vários discursos, em diversas teorias
Não teve como atrair as palavras e organizar as métricas.
Mas quando o tema bate na porta do pensamento
E este sente o fusco-fusco da inspiração
Nascem divagações, fantasias e teoremas
Que tomam seus contornos e invadem a imaginação.
Pensei então na imprensa, filha de Gutenberg
Na expansão marítima das Grandes Navegações, mãe da globalização
Na "Belle Époque", filha da industrialização
Na aventura intelectual da internet.
Descubro que entre o desenho da letra no quadro negro à giz
E a pintura da parede de pedra na caverna
Há o instrumento, a máquina, a mola propulsora e natural
Que pela emoção, pelo ímpeto, pela ousadia
Cria as diversas linguagens e atinge suas metas.
Entre o retroprojetor e o data-show
Entre o dvd e o vídeo cassete
Há uma força geradora que a vida conclamou
E em nossos valores o caminho remete.
Entre a disciplina, a cultura e a preservação
Entre a sabedoria, o conhecimento e o encanto
Eis a maior tecnologia da educação
Que é o próprio elemento humano.
(Márcio Rufino)
Me pediram para fazer um poema sobre tecnologia e didática
Mas há tantas provas, tantos estudos, tantos exercícios
Que não consegui realizar a proeza de forma assim tão prática.
Me pediram para fazer um poema sobre didática e tecnologia
Mas há tantos problemas, tantos pensamentos, tantas técnicas
Que mesmo tentando buscar em vários discursos, em diversas teorias
Não teve como atrair as palavras e organizar as métricas.
Mas quando o tema bate na porta do pensamento
E este sente o fusco-fusco da inspiração
Nascem divagações, fantasias e teoremas
Que tomam seus contornos e invadem a imaginação.
Pensei então na imprensa, filha de Gutenberg
Na expansão marítima das Grandes Navegações, mãe da globalização
Na "Belle Époque", filha da industrialização
Na aventura intelectual da internet.
Descubro que entre o desenho da letra no quadro negro à giz
E a pintura da parede de pedra na caverna
Há o instrumento, a máquina, a mola propulsora e natural
Que pela emoção, pelo ímpeto, pela ousadia
Cria as diversas linguagens e atinge suas metas.
Entre o retroprojetor e o data-show
Entre o dvd e o vídeo cassete
Há uma força geradora que a vida conclamou
E em nossos valores o caminho remete.
Entre a disciplina, a cultura e a preservação
Entre a sabedoria, o conhecimento e o encanto
Eis a maior tecnologia da educação
Que é o próprio elemento humano.
(Márcio Rufino)
Hipertexto? O que é?
Para Marcuschi (2005:08), a linguagem é uma das faculdades cognitivas mais flexíveis e plásticas adaptáveis às mudanças comportamentais e a responsável pela disseminação das constantes transformações sociais, políticas, culturais geradas pela criatividade do ser humano. Para este linguista as inúmeras modificações nas formas e possibilidades de utilização da linguagem em geral e da língua, em particular, são reflexos incontestáveis das mudanças tecnológicas emergentes no mundo e, de modo particularmente acelerado nos últimos 30 anos, quando os equipamentos informáticos e as novas tecnologias de comunicação começaram a fazer parte de forma mais intensa da vida das pessoas e do cotidiano das instituições. O hipertexto se encaixa como um dos exemplos mais significativos das palavras de Marcuschi uma vez que surge em meio às mudanças de transformações por quais temos passado.
O hipertexto como assegura Xavier (2005:171), é uma tecnologia de linguagem cujo espaço de apreensão de sentido não é apenas composto por palavras, mas junto com elas, encontramos sons, gráficos, e diagramas, todos lançados sobre uma mesma superfície perceptual... Para este linguista, com o hipertexto, ler o mundo tornou-se virtualmente possível. Segundo Xavier (2005:172) o hipertexto exige de seu usuário muito mais que mera decodificação de palavras que flutuam sobre a realidade imediata.
Ao realizar a leitura de um texto virtual podemos evidenciar o que foi dito por Xavier, pois contrariamente à leitura que se faz de um texto impresso tradicional – que nos exige fazer uso de nossos conhecimentos enciclopédicos ou recorrer a um dicionário e trilhar pelo percurso da linearidade – o hipertexto nos possibilita fazer um percurso diferente: recorrer a bibliotecas virtuais e fazer escolhas acerca da seqüência que desejamos nos orientar ou seguir para fazer uma leitura sem obediência àquela linearidade imposta no texto impresso tradicional.
Através da leitura de um hipertexto podemos dialogar com textos relativos ao tema abordado e nos transportará – professor e alunos – a um aprofundamento desse tema através de links, que como assegura minha colega Belina Fabi, “funcionam como atalhos para novas informações a respeito de termos que constam dentro do próprio texto”.
REFERÊRENCIAS
MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. S. (orgs). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. 2ªed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
XAVIER, A. C. S. Leitura, texto e hipertexto. In: MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. S. (orgs). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. 2ªed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
O hipertexto como assegura Xavier (2005:171), é uma tecnologia de linguagem cujo espaço de apreensão de sentido não é apenas composto por palavras, mas junto com elas, encontramos sons, gráficos, e diagramas, todos lançados sobre uma mesma superfície perceptual... Para este linguista, com o hipertexto, ler o mundo tornou-se virtualmente possível. Segundo Xavier (2005:172) o hipertexto exige de seu usuário muito mais que mera decodificação de palavras que flutuam sobre a realidade imediata.
Ao realizar a leitura de um texto virtual podemos evidenciar o que foi dito por Xavier, pois contrariamente à leitura que se faz de um texto impresso tradicional – que nos exige fazer uso de nossos conhecimentos enciclopédicos ou recorrer a um dicionário e trilhar pelo percurso da linearidade – o hipertexto nos possibilita fazer um percurso diferente: recorrer a bibliotecas virtuais e fazer escolhas acerca da seqüência que desejamos nos orientar ou seguir para fazer uma leitura sem obediência àquela linearidade imposta no texto impresso tradicional.
Através da leitura de um hipertexto podemos dialogar com textos relativos ao tema abordado e nos transportará – professor e alunos – a um aprofundamento desse tema através de links, que como assegura minha colega Belina Fabi, “funcionam como atalhos para novas informações a respeito de termos que constam dentro do próprio texto”.
REFERÊRENCIAS
MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. S. (orgs). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. 2ªed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
XAVIER, A. C. S. Leitura, texto e hipertexto. In: MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. S. (orgs). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. 2ªed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
O que é "confiável"?
O que é "confiável"??
"Indubitavelmente, como em qualquer outro meio de comunicação, na internet circulam informações não muito confiáveis, de modo que merecem ser estudadas e analisadas para que possamos acolher o que é confiável e descartar o não confiável. O site wikipédia “pode” ser um exemplo disso. Costumo usá-lo com certa freqüência, para consultas pessoais rápidas e, às vezes, oriento meus alunos a usá-lo também em suas pesquisas. Um trabalho interessante a ser feito com as informações coletadas nessa fonte de informação poderia ser a comparação das informações, sobre determinado assunto, coletadas nesse site, com as informações sobre o mesmo assunto, em outros veículos de comunicação como livros, com outros professores ou em outros sites. A partir daí poderíamos contribuir bastante com nossos alunos para que desenvolvam as competências e habilidades crítico-analiticas que os possibilitem selecionar o descartável e o aproveitável nos veículos de comunicação e informação."
"Indubitavelmente, como em qualquer outro meio de comunicação, na internet circulam informações não muito confiáveis, de modo que merecem ser estudadas e analisadas para que possamos acolher o que é confiável e descartar o não confiável. O site wikipédia “pode” ser um exemplo disso. Costumo usá-lo com certa freqüência, para consultas pessoais rápidas e, às vezes, oriento meus alunos a usá-lo também em suas pesquisas. Um trabalho interessante a ser feito com as informações coletadas nessa fonte de informação poderia ser a comparação das informações, sobre determinado assunto, coletadas nesse site, com as informações sobre o mesmo assunto, em outros veículos de comunicação como livros, com outros professores ou em outros sites. A partir daí poderíamos contribuir bastante com nossos alunos para que desenvolvam as competências e habilidades crítico-analiticas que os possibilitem selecionar o descartável e o aproveitável nos veículos de comunicação e informação."
TICs X Educação
TICs X Educação
Como educador, estar atento ao avanço revolucionário do universo tecnológico é urgente. Felizmente não é tão difícil acompanharmos toda essa revolução: a enorme quantidade de sites que apresentam sugestões de aula e atividades na área de Língua Portuguesa e tantas outras, fazendo uso das TICs, , é a grande evidência disso.
Dominar a língua em qualquer dos seus aspectos é, sim, motivo de orgulho — e também uma ferramenta para avançar na vida. (Veja, 1 999, pág. 101.)
Como educador, estar atento ao avanço revolucionário do universo tecnológico é urgente. Felizmente não é tão difícil acompanharmos toda essa revolução: a enorme quantidade de sites que apresentam sugestões de aula e atividades na área de Língua Portuguesa e tantas outras, fazendo uso das TICs, , é a grande evidência disso.
Dominar a língua em qualquer dos seus aspectos é, sim, motivo de orgulho — e também uma ferramenta para avançar na vida. (Veja, 1 999, pág. 101.)
Quem sou como professor e aprendiz?
Ao pensamento de Dowbor “É necessário repensar a escola e a educação no sentido mais amplo. A escola deve ser menos lecionadora e mais organizadora de conhecimento, articuladora dos diversos espaços do conhecimento” seria interessante acrescentar que, como educadores, temos consciência de que vivemos em uma sociedade em que, cada vez mais, necessita-se de conhecimentos que nos possibilitem interagir em diferentes situações sociais.
Os avanços da tecnologia e da globalização propiciaram o surgimento de conceitos inovadores acerca do ensino e da aprendizagem escolares. O mercado de trabalho não está preso apenas à exigência de habilidades que exercitem a memória de seus profissionais, mas, também, e, talvez, até mais, à cobrança de habilidades de aprender novos métodos e aptidões que estão diretamente ligados à era digital.
Professor e aluno podem caminhar juntos nessa trajetória. Profissionais da educação necessitam estar preparados para lidar com o uso de novas tecnologias no ensino. O aluno necessita desenvolver competências e habilidades para atuar com proficiência no universo digital considerando. Entretanto a realidade das escolas impossibilita muito que o desenvolvimento de tais competências e habilidades aconteça efetivamente: nem todos os professores capacitados para o trato com os recursos tecnológicos e precariedade limitações de acesso a esses recursos.
O grande desafio das escolas na atualidade é “letrar digitalmente uma nova geração de aprendizes, crianças e adolescentes que estão crescendo e vivenciando os avanços das tecnologias de informação e comunicação”.
Mesmo diante da constatação de que é impossível desconsiderar o computador como uma ferramenta metodológica importante para o desenvolvimento de habilidades que possibilitem o indivíduo atuar com competência no universo digital no qual está inserido, fica evidente, na prática, que essa “nova tecnologia” ainda não está acessível a todos, principalmente nas escolas, que por este motivo, muitas vezes, deixam de fazer sua parte para a inclusão digital de seus alunos.
Os avanços da tecnologia e da globalização propiciaram o surgimento de conceitos inovadores acerca do ensino e da aprendizagem escolares. O mercado de trabalho não está preso apenas à exigência de habilidades que exercitem a memória de seus profissionais, mas, também, e, talvez, até mais, à cobrança de habilidades de aprender novos métodos e aptidões que estão diretamente ligados à era digital.
Professor e aluno podem caminhar juntos nessa trajetória. Profissionais da educação necessitam estar preparados para lidar com o uso de novas tecnologias no ensino. O aluno necessita desenvolver competências e habilidades para atuar com proficiência no universo digital considerando. Entretanto a realidade das escolas impossibilita muito que o desenvolvimento de tais competências e habilidades aconteça efetivamente: nem todos os professores capacitados para o trato com os recursos tecnológicos e precariedade limitações de acesso a esses recursos.
O grande desafio das escolas na atualidade é “letrar digitalmente uma nova geração de aprendizes, crianças e adolescentes que estão crescendo e vivenciando os avanços das tecnologias de informação e comunicação”.
Mesmo diante da constatação de que é impossível desconsiderar o computador como uma ferramenta metodológica importante para o desenvolvimento de habilidades que possibilitem o indivíduo atuar com competência no universo digital no qual está inserido, fica evidente, na prática, que essa “nova tecnologia” ainda não está acessível a todos, principalmente nas escolas, que por este motivo, muitas vezes, deixam de fazer sua parte para a inclusão digital de seus alunos.
Internet e Ensino
“com o advento da internet, os alunos estão se engajando, mais do que nunca, em práticas de leitura e de escrita, o que corrobora a ideia de que a mídia eletrônica digital, desde que seja usada de forma contextualizada e integrada com o ensino, pode e deve contribuir para promover uma educação de qualidade.” (Pinheiro, 2009:206)
TICs X Sociedade
“conhecer o código alfabético e ser protagonista nas decisões dos grupos sociais de que participa não basta ao sujeito do século XXI. O exercício efetivo de cidadania na atualidade passa também pela necessidade de saber manipular um computador, de preferência conectado à internet, a fim de ocupar um lugar que a sua contemporaneidade lhe reserva/impõe: é preciso que o homem e a mulher desse século sejam sujeitos letrados também digitalmente” (Araújo (2009:2)
Simplicidade e trabalho
Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho. (Clarice Lispector)
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